sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Pelo quê você luta?

Trabalho é amor feito visível. E o amor, Khalil? É a vida do morimbundo (zumbi ou fantasma?...), o gozo do santo (cínico ou estóico?...), o riso do palhaço (Chaplin ou Keaton?...), a lágrima da atriz (primeiro plano ou bastidores?...), o calor gelado do avermelhadamente lindo céu azul (aurora ou crepúsculo?...), a questão colocada e resolvida (filósofo ou sofista?...). Indecidibilidade. Trabalho é amor, e amor é luta, e luta constante, integral, cósmica, de corpo, alma, espírito e verdade. E essa verdade, precisa de estudo? Estudo é luta, também, assim como o trabalho e o amor. Luta-se contra o sono, contra a vontade doutras coisas (vontade minha ou das coisas?...), contra uma avaliação, contra o texto, contra a equação e contra o problema. E essa luta, tem o seu porquê? Qual a batalha maior na qual está inserida? Em qual guerra, nativista, colonial, mundial, cósmica, está metida? O esforço tem algum sentido?  Máquina, o ser (humano?...) é. Máquina que deseja. Tédio: a histeria contemporânea. Não se luta "contra", oras. Afinal, quem é o inimigo? Luta-se contra si!? E o que se é? Se lutar é ir de encontro, o que se constrói com o sangue derramado (alheio ou próprio?...)? Luta contra o luto, luta por um "a favor de". Planta-se para comer, caça-se para comer, colhe-se para comer. O trabalho e a luta constróem comilanças. O amor é um banquete (Platão ou Xenofonte?...). Quando se deu a alienação, a inversão, a reversal? O filósofo luta "contra" o sono, mas "pelo quê"? "A favor de quê" se luta (agora, sempre agora!..)? Uma graduação, uma carreira, um "mundo melhor"? Indecidibilidade, mais uma vez. Guarda a pena e vai descansar. Ou lutar "contra" essa indefinição até que um "a favor" apareça...



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