segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Psicologia Social

Trabalho em grupo. Desde o início, já desgostei da idéia de compartilhar a minha política da escrita com outras mãos que não as minhas. Meu par de mãos reflete muitas cabeças. Conciliá-las com as cabeças outras refletidas noutros pares de mãos é por demais trabalhoso a mim. Sociabilidade cansa! Mas, ainda assim, encaro a demanda. Visito o campo de pesquisa, escrevo diários de bordo, leio um texto sobre práticas metodológicas, resenho um outro sobre genealogia e práticas psi, releio os diários escritos, faço articulações entre a teoria especulativa e a experiência do campo, escrevo tudo em formato de crônica e - voilà! - consigo produzir cinco laudas de rica retórica. Hora de comparar o meu escrito com o de meus convivas: três ou quatro parágrafos preguiçosamente escritos, conceitos bem delimitados erroneamente colocados, comentários de superfície acerca da bibliografia, má apropriação da experiência de campo. Ao final do banquete, eu é que pago a conta com meu crachá de arrogante. Só rindo, mesmo...

Nenhum comentário: